Botox – Como e quando fazer – Quais os riscos?

Eu adoro pesquisar posts de beleza aqui para o blog. Um assunto que não sai da minha roda de conversa com minhas amigas é o botox. Fazer ou não fazer? Quando fazer? Com quem fazer? Essas dúvidas são muito frequentes. Nada como chamar uma especialista, a dermatologista Dr. Ludimila Noleto, minha prima amada, para explicar direitinho os benefícios, vantagens e quando usar esse produtinho viciante. Quem usa não abandona. Conta para gente, Dr. Ludimila!

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“A toxina botulínica é de longe o procedimento mais frequente nos consultórios dermatológicos do mundo inteiro, feito por homens e mulheres de variadas faixas etárias, conhecida popularmente por Botox® (primeira marca registrada lançada no mercado). A toxina é produzida pela bactéria Clostridium botulinum e provoca relaxamento muscular por meio da inibição de uma substância química chamada acetilcolina na junção entre o nervo e o músculo (placa neuromuscular). Isso faz com que o músculo não contraia, permanecendo relaxado ou paralisado. A aplicação é feita através da injeção da toxina diretamente no músculo, tratando-se de uma técnica segura, pois a dose necessária para causar efeitos tóxicos é muito mais alta do que a usada habitualmente.

O procedimento é simples, bem tolerado pelos pacientes, podendo ser utilizados cremes anestésicos nos locais da aplicação. O efeito começa a ser percebido cerca de 48 horas após a aplicação e 15 dias depois tem-se o resultado final que dura de 4 a 6 meses, período em que a acetilcolina gradativamente volta a agir na placa neuromuscular.

O procedimento tem por objetivo tratar e, principalmente, prevenir as rugas de expressão como pés de galinha (periorbiculares), rugas da testa (frontal) e entre os supercílios (glabela). Também pode ser usado na região do pescoço, rugas do nariz (bunny lines), diminuição do sorriso gengival, levantamento das sobrancelhas, rugas do colo, hiperidrose localizada, principalmente axilar e palmoplantar além da hiperidrose craniofacial.

É importante salientar que a toxina botulínica age na ruga dinâmica, ou seja, naquela ruga que aparece durante a contração dos músculos da mímica facial. Ela apresenta pouco ou nenhum efeito sobre as rugas de repouso, que são aquelas já visíveis mesmo na ausência de contração dos músculos da face. A proposta é prevenir as rugas de repouso ao tratar as rugas dinâmicas, por isso pacientes mais jovens e de meia idade, inclusive, têm resultados melhores. Com o avanço da idade, as rugas aprofundam-se, podendo ser necessário a associação de outros tratamentos, como preenchimentos.

Complicações decorrentes da aplicação da toxina botulínica são raras, e mais frequentemente são secundários à injeção da toxina, como equimose (mancha roxa), dor local e edema discreto, que regridem em poucos dias.

As principais complicações relacionam-se à má técnica de aplicação, quando a toxina atinge, por difusão ou migração, músculos não alvo do tratamento, ocasionando, por exemplo, a ptose (queda) da pálpebra supercílios, assimetria do sorriso (torto) e diplopia (visão dupla). Essas alterações regridem espontaneamente, mas pode durar até 4 semanas. Outro erro é o emprego de doses excessivas em determinado grupo muscular, como frontal, causando paralisação, e não relaxamento, do músculo tratado, ocasionado aspecto “congelado” da face.

A importância do profundo conhecimento da anatomia facial, bom senso, do domínio da técnica, da habilitação para a realização do procedimento (por médicos dermatologistas e cirurgiões plásticos) e individualização do tratamento, são essenciais para os excelentes resultados obtidos com o emprego correto da toxina. Hoje preconiza-se resultados cada vez mais naturais, que preservem a expressão facial e demonstrem um aspecto descansado e suave na pele.

Dra. Ludimila Noleto de Rezende

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