A MITOLOGIA DE GAULTIER- O SEXY MÍSTICO DE LUDOVIC DE SAINT SERNIN

Depois de várias apresentações que foram verdadeiros sonhos durante a semana de alta-costura, ontem aconteceu o desfile de Ludovic de Saint Sernin como diretor criativo da Jean Paul Gaultier. A maison, que a cada temporada escolhe um novo estilista para criar uma coleção para a marca, apostou na criatividade ousada de Ludovic, que já trabalhou em outras maisons, como Dior e Balmain, para liderar a criação das novas peças da coleção de alta-costura.

Trazendo um tom de transgressão e sexualidade para os looks, Ludovic consegue interpretar os códigos mais conhecidos da maison à sua maneira, imprimindo uma visão que confere um aspecto mitológico às peças. Com esse ar náutico, as modelos entram na passarela com visuais molhados e vestidos que moldam o corpo em uma silhueta sexy e cheia de personalidade. Além disso, a coleção explora detalhes através de transparências, amarrações e vestidos de comprimento alongado, que também trazem inspiração no estilo sexy característico dos anos 2000.

Extravagante e exagerada, a coleção explora corsets, recortes, babados e vestidos com modelagens sereia, retratando mais uma vez a inspiração nas ninfas aquáticas. Essa referência permite que Ludovic explore diversos signos e códigos folclóricos, combinando moda com bom humor. Com uma cartela de cores mais sóbria, o estilista mantém um tom dark, equilibrado pelo glamour presente em looks texturizados, seja pelo próprio tecido, seja por aplicações de penas e ilhoses, que conferem até mesmo um apelo quase fetichista à produção. O resultado é uma coleção opulenta, mas repleta de personalidade e magia.

A semana de alta-costura sempre chega para trazer grandes novidades e novos olhares para a moda. Ludovic de Saint Sernin definitivamente conseguiu alcançar isso com um desfile que foge do lugar comum, como já se espera de uma coleção para a Gaultier. Incrível! Me contem: vocês já têm um desfile preferido desta temporada?

Beijos, Lalá.

SEMANA DE ALTA-COSTURA- AS CORES PASTÉIS E O COMPRIMENTO MINI NA PASSARELA DA CHANEL

Ontem, dia 28 de janeiro, foi dada a largada ao primeiro dia de desfiles da semana de alta-costura. O evento, marcado pela presença de mais de 20 marcas, contou com a abertura da maison Schiaparelli, seguida por outras marcas ainda mais tradicionais da moda. Entretanto, quem me acompanha já sabe que tive a oportunidade de assistir de perto ao desfile da Chanel, que aconteceu hoje de manhã. Por isso, vim compartilhar com vocês um pouco sobre como foi mais uma apresentação incrível dessa grife, que consegue unir perfeitamente delicadeza e elegância atemporal.

Apesar de a marca já ter anunciado Matthieu Blazy como o novo diretor criativo, o estilista só lançará sua coleção em 2026. Assim, este novo desfile é assinado pela equipe interna da maison, que continua trazendo seus signos e elementos já bem conhecidos, porém de forma mais jovial. A apresentação explora uma cartela de cores com tons mais claros e pastéis, que ao longo do desfile ganha mais sobriedade, transitando bem por diferentes públicos.

Assim, a coleção fica marcada pelos comprimentos mini, que ganham espaço até mesmo no look bridal, com uma saia assimétrica combinada ao tailleur na parte superior. Falando em tailleurs, eles assumem o protagonismo nesta coleção, justamente por se tratar de uma peça que representa a grife há mais de 100 anos. Ao seu lado, volumes introduzidos pelo uso de tule nas caudas e mangas adicionam um toque contemporâneo e delicado, equilibrando-se com a silhueta mais confortável proposta pela Chanel. A coleção também explora texturas por meio de bordados e técnicas que brincam com os tecidos, criando novas formas.

Teremos ainda mais desfiles para acompanhar durante os próximos dias, e mal posso esperar para descobrir quais serão as próximas novidades que cada uma das marcas apresentará em primeira mão por aqui! O que vocês acharam do desfile da Chanel? Gostaram?

Beijos, Lalá.