PFW FASHION TRENDS- AS TENDÊNCIAS DE MODA PARA O INVERNO 25/26 

Esta semana, nos despedimos de mais uma temporada de desfiles. Depois de um mês inteiro acompanhando diversas marcas e estilistas, que trouxeram novos olhares e percepções para a moda e para a chegada dos dias frios, esta temporada ficou marcada por diversas caras novas nas direções criativas, castings que buscaram inovação e diversidade, além de muitas novas tendências para adotarmos no nosso dia a dia. Vamos conferir algumas?

TRANSPARÊNCIAS TEXTURIZADAS

A primeira tendência, que já vem aparecendo desde as temporadas passadas, são as transparências, carregando um tom mais sexy e ousado. Desta vez, elas entram para a lista de tendências não só como propostas principais nos looks, mas também como uma forma de contribuir para a composição da imagem de moda, aparecendo em sobreposições, vestidos, bodys e saias. Marcas como Saint Laurent e McQueen apostaram em looks completos, nos quais a transparência é criada por meio do uso de rendas, formando pequenas camadas de tecidos que detalham ainda mais as peças. Já na Chanel e na Valentino, a transparência também se torna um truque de styling, surgindo no comprimento das saias e em bodys apresentados junto a outras peças na passarela.

ANOS 80

As propostas vintage já não são novidade. No entanto, nesta temporada, observamos cada vez mais marcas unindo passado e presente em suas coleções, olhando especialmente para as referências que construíram a moda dos anos 80. Cores vibrantes, maximalismo, construções de peças clássicas com muitas ombreiras e volumes, além do workwear característico dessa década, demonstram esse retorno estético de forma repaginada — uma tendência que já se destaca como uma das principais para este ano. Tom Ford, Stella McCartney, Nina Ricci e Marine Serre são alguns exemplos de marcas que recriam a identidade dos anos 80, trazendo-a para um contexto contemporâneo.

Outra tendência que agora surge em um universo mais experimental são as peças volumosas, cujas modelagens apresentam formas arquitetônicas e seguem uma estética não convencional. Marcas como Givenchy, Issey Miyake, Duran Lantink e Comme des Garçons criam novas propostas brilhantes de silhuetas, afinando as cinturas, ampliando os volumes nos quadris, alongando as mangas e aplicando outras técnicas que transformam roupas em verdadeiras obras de arte, ultrapassando os limites das linhas do corpo. Aqui, o excêntrico e o lúdico se unem à sofisticação já conhecida dessas maisons, dando vida a roupas que transcendem o vestuário.

O fim das semanas de moda é sempre acompanhado de novos olhares e tendências que chegam para revigorar elementos já conhecidos ou introduzir novas peças que não necessariamente estavam presentes em outros momentos. Isso nos ajuda a enxergar novas propostas e ideias que podem ser adaptadas ao nosso estilo pessoal, contribuindo para a construção da nossa própria identidade por meio das roupas. Então, me contem: qual foi a sua tendência preferida?

Beijos, Lalá. 

NA PARIS FASHION WEEK A MODA EXPERIMENTAL SE JUNTA COM AS TEXTURAS CRIANDO NOVAS PEÇAS NO DESFILE DA ALAIA 

Enquanto o Carnaval acontecia com tudo aqui no Brasil, em Paris, as marcas mais tradicionais da indústria começaram a apresentar suas novas coleções ao público já na segunda-feira, dia 3 de março. Com a abertura marcada por marcas emergentes como CFCL e Vaquera, o evento já conta com momentos marcantes, que continuam acontecendo ao longo dos próximos dias. Entretanto, hoje falaremos sobre o desfile da Alaïa, que já se destaca na passarela por sua elegância não convencional.

Sob a direção criativa de Pieter Mulier, a Alaïa retorna ao calendário da moda com uma identidade fashion que reúne não apenas técnicas, mas também uma estética e um estilo que impactam à medida que os blocos da coleção são apresentados. Aqui, a beleza feminina é tão importante quanto os caimentos e as formas das roupas, que, por si só, são um show à parte, trazendo silhuetas esculturais e peças arquitetônicas.

Dentro de uma seleção de 44 looks, observamos uma cartela de cores sóbria, mas que, ainda assim, consegue explorar tonalidades de formas diferentes, trazendo propostas mais saturadas com azul, vinho e amarelo. No entanto, o que mais chama a atenção no desfile são as peças com um trabalho incrível de drapeados, nervuras, plissados curvados, franjas e silhuetas que brincam com as proporções por meio das texturas nos ombros e quadris, criando novas formas a partir do corpo feminino. A coleção também explora recortes que equilibram a elegância lúdica com modelagens mais ousadas.

Apesar de a Alaïa ser uma marca muito tradicional, é possível perceber que a direção de Mulier mantém seu apelo artístico dentro dos códigos da marca, propondo uma junção única entre passado e presente. O resultado é uma imagem de moda contemporânea, que se renova a cada temporada de forma surpreendente e conquista cada vez mais admiradoras. Eu confesso que amei esse desfile e acredito que já esteja entre os melhores desta temporada de moda. E vocês?

Beijos, Lalá. 

PARIS  FASHION WEEK- A SURPRESA COMERCIAL NO DESFILE DA CHANEL

Marcando o último dia da Paris Fashion Week, a Chanel apresentou ontem, dia 1º de outubro, sua coleção de verão 2025. Ainda sem um diretor criativo escolhido para ocupar o lugar de Virginie Viard, a grife optou por exibir sua nova coleção com um tom mais comercial, focando nos códigos mais essenciais e marcantes que fizeram parte da trajetória da marca.

A maison é uma das mais antigas e tradicionais na indústria da moda. Fundada em 1910, inicialmente como uma boutique de chapéus, a marca de Coco Chanel foi, ao longo do tempo, ampliando sua gama de produtos e consolidando seu nome entre a alta sociedade francesa. Seu estilo inovador incorporava elementos masculinos ao guarda-roupa feminino e suas criações questionavam as normas de vestimenta da época, transmitindo uma mensagem de libertação para as mulheres.

Com um desfile que contou com uma gaiola no centro do Grand Palais – local tradicionalmente escolhido pela marca para suas apresentações – observamos a aparição de todos os códigos que se tornaram marca registrada da maison. O tweed, as listras em peças inspiradas nos marinheiros, terninhos e conjuntos que remetem à silhueta dos anos 1920 marcaram a coleção, que apresentou uma paleta de cores mais neutra. Entretanto, os destaques foram as capas, usadas sobre os looks com transparências e aplicações de plumas, que adicionaram um toque boho a alguns visuais e trouxeram uma ideia de styling mais criativo.

Ainda sem alguém para liderar as coleções da maison, a Chanel aposta na segurança do conhecido, de forma simples e elegante, mantendo a alta qualidade como pilar entre a técnica e a execução. Com vários nomes sendo cogitados para assumir o cargo de diretor criativo, uma pergunta permanece: o que podemos esperar para o futuro da marca?

Beijos, Lalá. 

PARIS FASHION WEEK- O BOHO ESTÁ EM ALTA E SE DEPENDER DA CHLOÉ ELE CONTINUARÁ POR AINDA MAIS TEMPO

A programação da Paris Fashion Week continua a todo vapor! Depois de acompanharmos desfiles como os da Dior, Saint Laurent e Balmain, nosso foco hoje se volta para um desfile que aconteceu logo pela manhã desta quinta-feira: o da Chloé. Sob a direção criativa de Chemena Kamali, a marca chama a atenção por manter seu estilo feminino, cheio de referências dos anos 70, mas trazendo essa estética em uma nova roupagem, completamente diferente da coleção passada.

O estilo Boho, apesar de ter alcançado seu ápice na década de 70 com a ascensão do movimento hippie, surgiu realmente nos anos 20, com a ajuda do ativismo francês, que buscava criar laços entre a moda e a arte. Inspirado pelo espírito livre, criativo e despreocupado dos artistas da época, essa estética passou a se popularizar justamente por trazer diversas referências como parte de sua composição. Ao longo do tempo, o estilo foi evoluindo seus códigos, especialmente através dos trabalhos de estilistas como Kamali, que adicionou um toque de modernidade a essa imagem.

Com uma base super feminina, a coleção de verão da Chloé explora transparências, rendas e tecidos fluidos para trazer conforto e liberdade à sua interpretação do guarda-roupa feminino, utilizando principalmente tons pastéis, como rosa, azul e amarelo, criando uma atmosfera refrescante e suave para a estação mais quente do ano. As silhuetas eram volumosas e predominantemente curtas, incorporando o estilo balonê em vestidos e calças. Além disso, observamos a presença de terceiras peças na coleção, como parkas, jaquetas de camurça e casacos mais curtos, com uma pegada delicada, combinados com muitos babados e estampas florais.

A coleção de Chemena chega como uma promessa de continuidade da estética boho chic, que, apesar de bastante comercial, ainda assim traz um ar sonhador às peças, prometendo um verão carregado de códigos românticos e muita liberdade. Eu amei, e vocês?

Beijos, Lalá.

O ATHLEISURE DE VERÃO DA DIOR MARCA O SEGUNDO DIA DE DESFILES DA PARIS FASHION WEEK

A Paris Fashion Week teve início ontem, dia 23 de setembro, e irá até o primeiro dia de outubro. Marcada pela participação das maisons mais tradicionais, a capital francesa registra o capítulo final deste super roteiro de desfiles, que conta com grandes nomes como Saint Laurent, Balmain, Mugler, Schiaparelli, entre outras etiquetas. Hoje, falaremos do desfile da Dior, que ocorreu durante a manhã de hoje, 24 de setembro, e trouxe uma visão mais tecnológica e inovadora para a marca, ainda inspirada pelas Olimpíadas.

Sob a direção criativa de Maria Grazia Chiuri, o clima esportivo se mantém nesta nova coleção, assim como na anterior. No entanto, diferentemente do conceito passado, que olhava para o passado e para o processo de criação das Olimpíadas, desta vez a coleção adota um olhar mais tecnológico, incorporando o estilo atlético em uma visão inovadora da marca, ao mesmo tempo que se afasta, de forma sutil, da estética clássica explorada pela maison ao longo dos anos.

Com uma paleta de cores bem enxuta, o desfile foi criado praticamente todo em cores neutras, como preto, branco e bege, com exceção de apenas uma peça, que foi apresentada em couro vermelho. Já as silhuetas se baseiam na relação entre o corpo, a roupa e a funcionalidade, explorando peças como bodys, calças cargo, jaquetas e corta-ventos, além de usar tecidos mais leves e frescos. Ainda assim, Maria Grazia não deixa o feminino de lado, brincando também com tecidos transparentes, além de vestidos longos com decotes e recortes assimétricos, e a aplicação de franjas e bordados que já apareceram em outros desfiles e chegam como uma aposta certa para o verão.

A ousadia de explorar um verão inteiro formado por cores neutras e escuras foi uma surpresa para todos nós. Assim, Maria Grazia consegue atrair os olhares para a Dior mais uma vez, através da surpresa e quebra de expectativa. Teremos mais desfiles para acompanhar durante a semana. Estão ansiosas por alguma apresentação específica?

Beijos, Lalá.