CURIOSIDADES SOBRE KARL LAGERFELD- UM DOS ESTILISTAS MAIS ICÔNICOS NA MODA

Há um tempo foi confirmada a série da Disney+ sobre o estilista Karl Lagerfeld, tendo oficialmente a data de estreia: 7 de junho. Contando com a atuação de Daniel Brühl para interpretar o estilista, a série irá abordar a vida de Lagerfeld e seu papel importantíssimo na alta costura parisiense nos anos 70. Por isso, trouxe para vocês 3 curiosidades sobre ele que você precisa saber antes de assistir à obra.

O estilista alemão sempre foi icônico e muito conhecido no mundo da moda, tanto pelo seu visual, que era sua marca registrada, com os famosos cabelinhos brancos presos em rabo de cavalo e os óculos de sol sempre no rosto, quanto por sua vida, que foi marcada por controvérsias e muita inovação e genialidade no mercado da moda, principalmente na sua época de diretor-criativo da Chanel. 

1- ELE REVOLUCIONOU OS CENÁRIOS DOS DESFILES

Lagerfeld era um apaixonado por fotografia, arte e arquitetura. Ele, que sempre gostou da criação de espetáculos, teve como tradição o Grand Palais como base para os seus cenários. O museu, que existe desde 1900 em Paris, já foi transformado em praia, supermercado, cassino e até em um resort de ski para a coleção ready-to-wear outono/inverno 19/20. Essa, que foi a última coleção desenhada pelo estilista, aconteceu um mês depois de seu falecimento, sendo uma das mais emocionantes e memoráveis, contando com palmas e choros das modelos e do público no encerramento, uma homenagem linda ao designer que marcou tantas gerações de apaixonados pela marca.

2- JÁ CRIOU MUITOS FIGURINOS

Os anos 70 para o estilista foram os mais importantes. Karl, nessa época, passou a entender melhor a importância de interagir com outros universos artísticos e, por isso, começou a fazer parcerias com muitas pessoas de fora da indústria, sobretudo com músicos e produtores de teatro e filmes. Dessa forma, ele difundiu ainda mais o nome da marca, levando a sua estética clássica para outros grupos. O estilista criou figurinos para diversas montagens, como para o balé “Brahms-Schoenberg Quartet”, que aconteceu na Ópera Bastille e para o filme ganhador do Oscar em 1988 “Babette’s Feast“, do diretor dinamarquês Gabriel Axel.

3- ELE MUDOU A RELAÇÃO DA ALTA-COSTURA COM O MERCADO DE MODA

Com uma cabeça genial para os negócios, Karl tirou a Chanel da irrelevância, dando uma cara mais jovem para a marca lá pelos anos 80. O estilista foi a última aposta dos donos da maison na época. E fala sério, né? Teria alguém melhor? As 40 lojas que foram abertas ao redor do mundo depois do seu debut foram a prova do seu trabalho incrível e ele simplesmente transformou a maison em uma das mais lucrativas do mercado. Além disso, alguns anos depois, ele foi o primeiro estilista de alta-costura a fazer uma colaboração com marcas de fast-fashion como a H&M e até mesmo assinou uma coleção para a Riachuelo em 2016. O estilista acreditava que a moda precisava ser acessível a todos e inclusive declarou o quanto admirava o Brasil.

Apesar da sua vida e falas polêmicas, não podemos negar a importância de Karl para o mundo da moda. Um exemplo disso foi ter deixado em seu testamento a maior parte da sua herança para a Fundação Karl Lagerfeld, responsável por promover a arte e a cultura. Muito lindo, né? E me digam, vão assistir à série?

Beijos, Lalá.

​​Poor Things: surrealismo em destaque – vencedor do Oscar de melhor figurino

Neste domingo (10.03), aconteceu o evento mais importante do universo cinematográfico: o Oscar, que consiste em premiar, em diversas categorias, os filmes mais aclamados pela crítica. Mas hoje vamos focar na ganhadora de melhor figurino, Holly Waddington, com os looks de “Poor Things”.

Resumidamente, o filme conta a história de Bella Baxter, uma jovem que, depois de um acidente, é trazida de volta à vida por um cientista. O desenrolar do filme se baseia em Bella redescobrindo a vida e todos os dilemas com uma vontade enorme de descobrir o mundo.

O filme, no geral, é lindo. A direção de arte é impecável, a atuação, história, mas o que mais chamou minha atenção, com certeza, foram os figurinos. Cada detalhe dele conta uma história da personagem vivida por Emma Stone, nos fazendo sentir cada fase.

Por se passar na era vitoriana, vemos constantemente a presença de silhuetas exageradas, babados longos e mangas bufantes. Porém, Holly, que deu vida às peças de “Poor Things”, quis fugir do ar de ficção científica do filme, brincando com elementos diferentes da época.

A evolução de Bella também é retratada por cores. Assim que a personagem “nasce”, o uso de tons mais clarinhos é predominante para passar um ar de inocência. Quando a personagem se torna uma mulher formada, passa a escolher suas próprias roupas, então tons mais alegres são usados, como o amarelo e o azul. Já mais para o final, depois de ver a vida como realmente é, o uso de cores escuras domina as telas.

O figurino representa a liberdade de Bella. Nele, conseguimos “viajar” por todas as emoções e mudanças de fases da personagem. Um look mais lindo que o outro, não é à toa que Holly voltou para casa com o prêmio mais importante de sua carreira.

“Poor Things” foi indicado em diversas categorias e foi premiado em direção de arte, melhor atriz, melhor maquiagem e cabelo, além do melhor figurino. Dá para imaginar o quão lindo é este filme, não é mesmo? Mas e você? Acha que foram looks dignos de um Oscar?

Beijo, Lalá!

Desvendando as tendências da Paris Fashion Week

Chega ao fim mais uma semana de moda parisiense e é CLARO que eu não poderia deixar  de passar aqui e deixar algumas tendências que mais bombaram durante os dias de desfiles e que mais me chamaram a atenção. Então vamos conferir?

Bota de Cano Alto

As passarelas de Paris foram inundadas com botas de cano alto, trazendo um ar de elegância e ousadia. Desde o estilo montaria, presente nos desfiles da Miu Miu e Valentino, até modelos ultrapassando o joelho, como os da Chloé. Com a tendência do maximalismo ganhando força, as botas de cano alto prometem ser um must-have em 2024.

Animal Print

E falando em maximalismo, a estampa animal brilhou intensamente em diversos desfiles, com destaque para a leopard print. Presente nas passarelas de Alexander McQueen, Aloïa, Isabel Marant e Dior, essa estampa tem conquistado corações desde o início do ano, cativando tanto os amantes do minimalismo quanto aqueles que apreciam uma estética mais ousada.

Transparência

A sensualidade da London Fashion Week atravessou o canal e fez sua presença marcante em Paris, com toques de transparência em desfiles como Ann Demeulemeester, Cecilie Bahssen e, é claro, Saint Laurent. É fascinante como um simples detalhe transparente pode transformar completamente a atmosfera de um look.

Jeans com Jeans

A estética country, em alta desde janeiro, também marcou presença na Paris Fashion Week com o jeans com jeans. Essa tendência foi vista em diversas cores e lavagens nos desfiles de Schiaparelli, Dior e Victoria Beckham, mostrando a versatilidade desse clássico do guarda-roupa. 

Bolsa Clutch

Menos é mais! Essa é a filosofia por trás da tendência das pequenas clutches, que prometem conquistar espaço em nossos looks diários. Das volumosas maxibags, migramos para essas bolsas minimalistas, que conferem um toque de elegância a qualquer produção. Marcas renomadas como Valentino, Hermes e Louis Vuitton nos mostraram que as clutches não são apenas para ocasiões festivas, mas podem ser incorporadas perfeitamente em nosso dia a dia.

Embora muitas dessas tendências já tenham sido vistas em outras Fashion Weeks desta temporada, é sempre empolgante acompanhar cada desfile em busca de novidades e inspirações. E você, qual dessas tendências mais chamou sua atenção? Alguma delas já está no seu radar?

Beijos, Lalá!

PFW – A IMPORTÂNCIA DA SUSTENTABILIDADE NA MODA POR STELLA MCCARTNEY

Na manhã desta segunda-feira, 04 de maio, a designer Stella McCartney apresentou sua coleção de outono de 2024 na Paris Fashion Week, tendo como inspiração principal a Mãe Natureza. Vamos conferir o que foi esta aula de sustentabilidade?

Stella é pioneira em trazer para a moda a consciência sustentável, e para esta coleção não seria diferente. Em meio à emergência climática que enfrentamos, a designer apresentou peças deslumbrantes e um desfile que nos fez refletir do início ao fim.

O desfile teve início com um vídeo transmitido em vários painéis, narrado pela “própria Mãe Natureza”, questionando a destruição do nosso planeta, expressando amor pela humanidade, mas ressaltando a necessidade de olharmos para nossas ações. A frase “about fucking time” estava estampada em uma camiseta, e assim começamos o desfile ao som de “What a Wonderful World” de Louis Armstrong.

A designer apresentou diversas peças que, à primeira vista, poderiam ser confundidas com couro, penas, pelos e peles exóticas, mas na verdade Stella recriou essas texturas utilizando materiais recicláveis e sustentáveis, como o couro de cogumelos, cascas de cânhamo e até tecidos à base de maçãs.

Nesta coleção, quase não vimos estampas; a maioria das peças era lisa e, ao contrário do que vimos na maioria dos desfiles desta temporada, o vermelho foi deixado em segundo plano, dando destaque a tons mais neutros como bege, rosa claro, branco e preto. O contraste entre a rigidez, fluidez e volume predominou com o uso de cordas, trazendo toda a originalidade para a coleção.

A indústria da moda é uma das maiores poluidoras do mundo, e na situação atual, não podemos fechar os olhos para esta questão. Stella McCartney é a prova viva de que é possível sim unir moda e sustentabilidade, mostrando que ser fashion vai muito além de vestir-se bem; ter consciência e cuidar do nosso planeta também estão dentro disso. O que acharam desta coleção? Um misto de beleza e cuidado, não é mesmo?

Beijos, Lalá!

PFW – Balmain, as lembranças de Bordeaux por Olivier Rousteing

Nesta semana, demos início a mais uma fashion week, e voamos para a cidade conhecida por ser a mais romântica de todas… bonjour Paris! Vamos conferir um dos desfiles que mais me chamou a atenção de uma marca que AMO? Balmain!

Olivier Rousteing disse em uma entrevista que sempre consulta os arquivos da marca antes de iniciar uma coleção. Com o sucesso das peças apresentadas em seu desfile de verão, inspirado nas rosas de Pierre Balmain, o designer decidiu seguir a mesma linha para o inverno, focando em elementos naturais e mais “verdes”.

Para o outono de 2024, Olivier viajou no tempo para se inspirar nas frutas que o próprio fundador da marca cultivava em seu jardim, incluindo elementos afetivos do designer. Isso resultou em uma coleção única que foge das maçãs e morangos normalmente apresentados pela Balmain, focando na matéria-prima dos vinhos: a uva!

A coleção é como uma própria vinícola; vimos a fruta sendo representada de diversas formas, como em estampas e bordados, e em elementos como chaveiros, brincos e até mesmo colares.

Bordeaux, cidade onde Olivier viveu e que serviu como o principal ponto de inspiração para sua coleção, devido às grandes vinícolas presentes na cidade, foi o cenário de lindas lembranças de design, como os piqueniques que ele fazia com seus amigos. É daí que vieram as estampas xadrez presentes no desfile, das próprias toalhas dos piqueniques.

Todas as peças tinham um toque de alfaiataria “novo estilo francês”, criado pela própria marca há 75 anos. Muitas saias, vestidos, calças, trench coats, tudo muito bem estruturado e, claro, com aquele toque de alta costura parisiense que amamos.

Olivier assumiu o posto de diretor criativo da marca em 2011, com apenas 25 anos. Muitos diziam que ele era jovem demais para um cargo tão grande e importante dentro de uma marca com tanta história como a Balmain. No entanto, a cada coleção que passa, Olivier prova todo o seu talento e capacidade, sempre unindo a modernidade com a tradição. Eu amo! E vocês, o que acharam desta coleção?

Beijos, Lalá!