CORPCORE- A ROUPA DE TRABALHO COMO INSPIRAÇÃO PARA PRODUÇÕES FASHION

Deixando o gorpcore para trás, a tendência agora é o corpcore. Após diversas estéticas como cottagecore, balletcore e coquette, a nova estética que surge para marcar o final deste ano e o início de 2025 é a corporate aesthetic. Ela resgata elementos do guarda-roupa social e de trabalho, incorporando-os em propostas urbanas tanto nas passarelas quanto nas ruas.

Distanciando-se da era clean girl e do quiet luxury, que marcaram os últimos anos como grandes tendências, o corpcore busca resgatar referências dos visuais de escritório que predominavam, especialmente, nos anos 90. Ele explora o workwear tradicional com um toque mais grunge e rebelde. Além disso, nota-se a influência de outras estéticas atuais, como o librarian core e o office siren, que trazem elementos do mesmo universo para essa tendência, incluindo óculos de armações retangulares, camisas sociais e saias lápis.

Ganhando protagonismo não apenas no street style, o corpcore também se consolida nas passarelas, marcando coleções de grandes marcas como Boss, Saint Laurent, Jil Sander e Peter Do. Os elementos que definem esse novo momento incluem blazers com ombreiras chamativas, calças de alfaiataria, coletes, camisas sociais e vestidos com silhuetas mais retilíneas, proporcionando um visual mais elegante e bem menos casual. Ainda assim, no street style, vemos muitas produções que misturam diferentes estilos de peças, propondo visuais que desconstroem um pouco essa seriedade. Isso adiciona mais criatividade e um olhar contemporâneo às composições.

Tudo indica que a moda está passando por mais um processo de transformação. Agora, o tom delicado divide espaço com a silhueta estruturada de um estilo mais social, trazendo equilíbrio às produções. Estou ansiosa para descobrir o que mais veremos daqui para frente. E vocês?

Beijos, Lalá.

A VOLTA DOS ANOS 80- TUDO QUE MARCOU A ÉPOCA E QUE CHEGA PARA A ATUALIDADE

Muitas tendências atuais, por vezes, parecem ter surgido do nada, mas, na verdade, a moda está sempre cumprindo seus ciclos, revivendo elementos que já foram muito populares e deixando outros desaparecerem até que chegue o momento de retornarem. E, apesar de estarmos vivendo uma época em que as tecnologias começam a ocupar um grande espaço nas indústrias de moda e beleza, olhar para o passado torna-se essencial para entender o que também chegará no futuro.

A primeira coisa que precisamos observar para entender melhor de onde surgiram as tendências dos anos 80 é a forma como o comportamento e a moda mudaram ao longo da década. Esse período foi marcado pelo exagero e pelo maximalismo, com o uso de muitas cores, brilhos e silhuetas chamativas, que surgiam como uma forma de quebrar os padrões que regiam a moda da década anterior. Dessa maneira, a época se tornou icônica também por todas as mudanças que ocorreram, como a maior participação das mulheres no mercado de trabalho, o surgimento das “tribos” de estilo e até mesmo a introdução de novos estilistas que traziam novas silhuetas e ideias de roupas durante aquele período.

Assim, percebemos a moda atual bebendo diretamente dessas tendências oitentistas, trazendo novamente para os holofotes alguns códigos da época, como o power dressing, com as ombreiras oversized, os conjuntinhos que foram muito usados por diversas personalidades influentes, as roupas com muitos brilhos e paetês e, por último, os decotes com ombros de fora, que também voltam com tudo neste momento. Na beleza, também podemos encontrar semelhanças, já que, na época, as maquiagens eram mais chamativas, e agora vemos um movimento nas tendências de beleza que traz mais cores e técnicas que destacam alguns elementos da maquiagem.

Eu confesso que adoro a estética dos anos 80, principalmente pela variedade de estilos que podemos encontrar dentro de uma única época, trazendo muitas inspirações para a atualidade! Qual dessas tendências é a sua preferida?

Beijos, Lalá.

BALLETCORE RENOVADO- AS TENDÊNCIAS HIPER FEMININAS CONTINUAM EM ALTA

Já há algum tempo, a moda tem sido marcada por microtendências que chegam e, aos poucos, perdem sua força. Ao lado de estilos como athleisure, blokecore e workwear, o balletcore parecia estar perdendo fôlego, em meio a elementos mais sóbrios e rígidos que vinham surgindo como novas apostas fashion. No entanto, após esta temporada de moda, tudo indica que essa estética atingirá seu ápice novamente, de forma mais amadurecida, mas sem perder sua essência girly e delicada.

O balletcore, como o nome sugere, é uma estética que deriva dos elementos e signos tradicionais que associamos à prática dessa dança. Inspirado nos trajes das bailarinas, esse estilo busca trazer delicadeza e um universo romântico para o dia a dia, utilizando tules, bodys, sapatilhas e tons pastéis para construir uma imagem de moda mais leve e feminina. Contudo, o que observamos agora com a evolução desse estilo é que essa imagem começa a ser equilibrada com outros códigos mais urbanos, criando uma interessante combinação entre estéticas.

Atualmente, esses elementos estão sendo reinterpretados, seja de forma mais direta ou sutil, marcando diversas produções e desfiles. Alguns elementos, como os tons pastéis ou mais delicados, tiveram bastante destaque nesta temporada de moda, em desfiles como os de Alaia e Giambattista Valli. Já o tule, babados e rendas apareceram nas apresentações de Simone Rocha, a queridinha da moda hiperfeminina, e também na coleção da Valentino, que incorporou sapatilhas e polainas. Outras marcas que também abraçaram essa inspiração foram Ferragamo, que apresentou o balletcore de forma mais direta, com casaquinhos, collants e meia-calça, e Chloé, que incorporou esse estilo de maneira sutil em sua estética boho, através dos balonês e das cores mais doces.

Confesso que amo essas estéticas mais femininas, e agora, com o novo auge de uma moda mais leve e delicada, é o momento perfeito para experimentar e se jogar em looks com esses elementos no dia a dia também. O que vocês acham?

Beijos, Lalá.

A DÉCADA DE 20 E SUA REINTERPRETAÇÃO PARA OS DIAS DE HOJE

A moda sempre cumpre sua função cíclica de olhar para épocas passadas e reviver estilos que já foram tendência, incorporando-os ao guarda-roupa atual. Depois de vermos o retorno de diversas estéticas, agora é a vez da década de 20 marcar seu comeback nas temporadas de moda e produções de street style, trazendo uma nova imagem revigorada do glamour presente no passado.

Conhecida como “Os loucos anos 20”, essa década foi marcada pelo fim da Primeira Guerra Mundial, um momento em que os Estados Unidos passavam por uma grande ascensão econômica, e assim surgiam os “novos ricos”, que tinham a liberdade e o glamour como pilares dessa nova vida americana. Isso se refletiu também na moda, caracterizada por vestidos curtos e leves, silhuetas retas e visuais adornados com chapéus e colares. Nessa época, surgiu a famosa imagem das melindrosas, que se tornaram ícones pelo seu estilo de vida livre e por ditarem as tendências de moda da época.

Agora, essa época icônica chega ao presente no streetstyle, trazendo seus elementos mais conhecidos, como os comprimentos curtos, casacos de pele, plumas e franjas, bordados que começam a ganhar padrões cada vez mais complexos, decotes profundos e a alfaiataria masculina, que também é incorporada às produções femininas de forma elegante e refinada. Isso se reflete também nas passarelas desta temporada de verão, com desfiles de marcas como Fendi, Coperni, The Attico e Luar, que revivem cada símbolo desse estilo em uma representação contemporânea.

É sempre interessante observar como a moda se recicla e se atualiza ao longo dos anos. Esta é apenas mais uma das estéticas que retornaram como uma promessa para o ano que vem e que, aos poucos, já vai conquistando seu espaço entre as apaixonadas por moda! O que vocês acham? Gostam desse estilo? Eu acho uma graça!

Beijos, Lalá. 

A MODA E O WELLNESS SE ENCONTRAM PARA TRAZER UMA NOVA TENDÊNCIA DE LIFESTYLE

Já acompanhamos, durante o final do ano passado e o começo deste ano, a moda se posicionando como um espaço que agora busca, além de estilo, proporcionar conforto e promover mudanças de comportamento. Embora a pandemia tenha terminado há algum tempo, ainda vivemos suas consequências, e essa busca por uma vida mais equilibrada e saudável surge como uma tendência, não apenas no contexto urbano, mas também na alta moda.

A indústria já passou por momentos de estéticas mais “messy” e desordenadas, como o punk dos anos 80, com roupas destruídas, cabelos coloridos e maquiagens borradas, ou a estética “heroin chic” que marcou os anos 90, influenciada por grandes celebridades como a modelo Kate Moss. Ela se tornou um ícone dessa tendência, conhecida pela obsessão com o corpo magro, o ar pós-festa e uma atitude de desapego em relação ao mundo ao redor. Entretanto, na contemporaneidade, estamos passando por uma virada de chave, começando a reconhecer a necessidade de equilibrar diversão com a responsabilidade de manter um corpo saudável, o que também se reflete na moda.

Na última temporada de moda verão 2025, esse padrão se repete de formas diferentes, representando contextos e esportes variados: danças, arco e flecha ou corridas. Cada grife traduz de maneira subjetiva a chegada desse novo comportamento. Na Miu Miu, por exemplo, a grife mistura maiôs com alfaiataria para looks que brincam com a ideia de workwear, enquanto a Ferragamo segue por um caminho mais delicado, com referências ao balé, utilizando leggings, collants e casacos de amarração. Já na Dior, a inspiração vem do arco e flecha, com bodys cheios de recortes, calças esportivas e casacos que refletem esse caráter atlético. Da mesma forma, a The Attico traz sua colaboração com a Nike, combinando tops de academia com blazers e calças de tecidos mais confortáveis e funcionais.

A moda e o comportamento estão sempre andando lado a lado. Será que estamos acompanhando uma fase mais otimista do mercado fashion agora? O que vocês acham dessa tendência? Eu acho que ela representa o momento perfeito para focarmos em nós mesmas e no bem-estar, em união com um estilo único!

Beijos, Lalá.