A TEORIA DO SAPATO FEIO E COMO ELA PODE MELHORAR AS PRODUÇÕES DE MODA

Nós já sabemos que os acessórios podem melhorar ou comprometer qualquer visual. No entanto, uma das peças que mais se destacam nas produções — principalmente no street style — são os sapatos. Já há algum tempo, a moda se tornou obcecada por calçados, e eles passaram a assumir o papel de protagonistas na maioria das composições de looks e na construção de imagem. Nesse contexto, a “ugly shoe theory” começou a ganhar força nas redes sociais e se tornou uma grande dica de moda para aprimorar produções e adicionar mais personalidade aos visuais.

A teoria, que surgiu através de um vídeo de uma stylist no TikTok, defende a ideia de que o sapato “errado” pode ser a escolha perfeita para tirar o visual do lugar-comum, tornando qualquer look menos óbvio — e até mesmo menos chato. Assim, a principal dica para aderir a essa teoria, que já virou tendência, é escolher a opção que você menos gosta, abraçar a ousadia e dar uma chance a novos estilos e combinações.

Muita gente ainda tenta entender de onde surgiu toda essa obsessão da moda pelo excêntrico. Ao que tudo indica, trata-se de mais uma consequência do período pós-pandemia, que nos levou a olhar novamente para peças antes consideradas feias — ou usadas apenas por funcionalidade — e reinterpretá-las dentro da moda atual. Além disso, discursos crescentes sobre o anti-fashion, a quebra dos padrões de beleza e a valorização de uma visão mais artística vêm ganhando cada vez mais espaço no dia a dia das pessoas. Isso contribui tanto para a saída da zona de conforto dos consumidores quanto para a aceitação de peças mais divertidas e diferentes.

Modelos como as Margiela Tabis, os scarpins anabela, os chinelos de borracha, os Kitten Heels e até mesmo opções como o Puma Speedcat Ballet, que misturam tênis e sapatilha, começam a entrar na lista de objetos mais desejados do momento. Essas peças também ocupam grande parte das produções do street style atual, sendo combinadas com os mais diversos estilos — desde o social até composições mais delicadas — e, independentemente do gosto pessoal, carregam estilo e personalidade para todas as ocasiões, fugindo completamente do convencional.

Atualmente, a moda vem se mostrando, cada vez mais, como um instrumento de discurso, rebeldia e identidade. Independentemente das regras estabelecidas, hoje toda a indústria gira em torno da criatividade e da construção de laços com a individualidade e a expressão pessoal — da cabeça aos pés!

Beijos, Lalá.

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