Ontem, 25 de abril, Jean Paul Gaultier, um dos estilistas mais icônicos no mundo da moda, comemorou seu aniversário de 72 anos. Conhecido por sua estética provocante e disruptiva, ele se tornou uma figura única. Por isso, vamos relembrar a trajetória que o tornou um dos nomes mais importantes e revolucionários na indústria fashion?
Jean Paul Gaultier nasceu em 1952, no subúrbio de Paris. O estilista, que já se interessava pela moda desde a infância, desenvolveu, com sua avó, os códigos que se tornaram indispensáveis para o seu trabalho, como os penteados, os laços e os espartilhos. Adentrando ao mercado de moda quando estava completando 18 anos, Gaultier foi contratado por Pierre Cardin. Lá, o estilista pôde aprofundar seus conhecimentos de moda, lançando alguns anos depois, em 1976, sua marca homônima e apresentando sua coleção de estreia.
Com o apoio de investidores, Gaultier conseguiu estabelecer sua marca, tornando-se o protagonista da alta-costura dos anos 80. E já ganhando o seu apelido icônico de “l’enfant terrible” ou criança rebelde, isso justamente por retratar as suas vivências e tudo aquilo que acontecia ao seu redor em seus desfiles. Apaixonado pelo guarda-roupa feminino, o estilista passou a desafiar as visões de moda da época, adotando a androginia como um código estético, vestindo modelos homens com peças femininas, dando vida a modelagens exageradas e criando peças modernas e cheias de sensualidade para as mulheres.
Gaultier também juntou uma legião de admiradoras, incluindo artistas como Madonna, que ajudou a estabelecer a peça mais icônica do estilista, o corset com dois cones pontiagudos nos seios, usado em sua turnê Blond Ambition. Entre as musas do estilista, também temos a artista burlesca Dita Von Teese, a supermodelo Carla Bruni e a cantora queer Beth Ditto, que já participaram das passarelas da maison.
Em 2020, o estilista anunciou sua aposentadoria, e a cada temporada de moda um designer é escolhido para apresentar uma nova coleção pela grife. Ao longo de todos esses anos, fica claro que Gaultier nasceu com um ideal de mundo, deixando até hoje um legado transgressor e inovador acompanhado de muita sensibilidade humana e vontade de trazer um vestuário que possa representar a todos. Um estilista incrível, não é?
Beijos, Lalá.