Durante o período de busca por um estilo cada vez mais autêntico e original, começamos a perceber o retorno de tendências que resgatam estilos mais rebeldes, muitas vezes inspirados em subculturas que utilizam a moda como uma forma de expressar sua visão de mundo e ideias. Assim, o estilo gótico, os elementos do punk e, agora, o indie sleaze repaginado tornam-se representações desse novo comportamento em ascensão.
O termo indie sleaze, no entanto, não é novidade. Ele foi criado para representar a fusão dos estilos indie, grunge e rock, que surgiu durante os anos 1980 e 1990, trazendo a ousadia de um visual despojado e, ao mesmo tempo, com um tom de rebeldia que dialogava diretamente com as tendências da mídia, especialmente na música, que carregava uma mensagem menos comercial. Atualmente, o renascimento dessa estética está novamente ligado à indústria musical, impulsionado, em grande parte, pelo sucesso do álbum Brat neste ano. Esse álbum resgata os elementos mais marcantes dessas décadas passadas, de forma repaginada, e dá origem à estética party girl, que combina essas influências com a música eletrônica.
Hoje em dia, as produções tornaram-se cada vez mais ousadas e criativas. Elementos como hot pants, jaquetas no estilo navy, calças capri, skinny e coletes de alfaiataria são combinados, criando propostas que mesclam peças sociais e glamourosas para compor visuais que trazem um ar de festa de forma mais sofisticada. No street style, também vemos essas combinações acompanhadas de casacos de pele e animal prints, explorando um conceito que remete ao indie dos anos 1990, misturado a acessórios modernos, como óculos de sol maximalistas e sapatos mais pesados.
As tendências estão sempre cumprindo seus ciclos e, embora nem todo mundo se identifique com elas, os elementos podem ser adaptados para aquilo que funciona melhor para cada uma de nós, garantindo que não nos percamos em meio a tantos estilos e estéticas diferentes. O que vocês acham?
Beijos, Lalá.