O segundo dia de desfiles da São Paulo Fashion Week aconteceu ontem, 10 de Abril. O line-up contava com o veterano Lino Villaventura, a estreante Reptilia, Lilly Sarti que comemora 18 anos de marca, e o projeto Cria Costura que juntou seus alunos para a apresentação de um desfile super emocionante. Vamos conferir um pouco do que aconteceu na capital paulista ontem?
A abertura das apresentações ficou por conta de Lily Sarti. A marca das irmãs Lilly e Renata foi fundada em 2006 com o objetivo de trazer uma moda plural e autêntica, que pudesse estar sempre se reinventando. A coleção apresentada ontem foi uma homenagem à mãe das estilistas, nomeada “Sofia”. As peças contaram com os códigos estéticos já bem conhecidos da marca, como as jaquetas de couro, as transparências, os lamês e o jacquard, além das experimentações de texturas e materiais. Apesar da tendência do boho em alta, a marca, que já possui esse tom em sua essência, traz esse estilo de forma repaginada através da influência brasileira nas cores e construções das modelagens, e um olhar cada vez mais maduro em relação às suas coleções passadas.
O segundo a se apresentar foi o já conhecido Lino Villaventura. O estilista paraense é um dos maiores quando pensamos em moda nacional, isso porque Lino conseguiu trazer a alta-costura para a couture brasileira através do seu estilo artesanal e cheio de inventividade e manualidades. Na coleção apresentada neste primeiro semestre, a marca contou com personalidades famosas para criar o tom de seu desfile que, apesar de simples, conta com técnicas muito interessantes, como as bases de nervuras feitas em arame que o estilista usa para ajudar a estruturar a tridimensionalidade das peças. Podemos observar essa estratégia em vestidos de todos os tamanhos, jaquetas, casacos e no vestuário masculino também. Além disso, também foram usados materiais plastificados e paetês coloridos que lembram as estéticas dos vitrais, misturados com plissados e assimetrias, criando silhuetas criativas e fora do comum.
Logo depois, o projeto Cria Costura, idealizado pela prefeitura de SP em conjunto com o estilista Jefferson Assis, apresentou um desfile emocionante produzido por seus alunos. Com um tema já pré-estabelecido, os participantes de diversas regiões de São Paulo desenvolveram looks inspirados em “Memórias afetivas”, cada um seguindo seu olhar sobre o processo de criação. A coleção contou com muitos babados, brilhos, metalizados e rendas que foram reutilizadas de coleções passadas, além de apresentar um mix de silhuetas com recortes e técnicas de costura e acabamentos diferentes. Cada um trazendo sua essência e vivências para cada detalhe nas roupas, tornando tudo ainda mais interessante e especial.
Já a Reptilia, marca da curitibana Heloisa Strobel, foi uma das estreantes deste ano e é a responsável por encerrar os desfiles do segundo dia. Sua coleção, chamada de “Indelével”, contava com uma atmosfera modernista, juntando o conceito das modelagens escultóricas com a funcionalidade das peças minimalistas e sem muitos ornamentos. A marca explora diferentes tecidos, como malhas, veludos e toques atoalhados. Os volumes, as assimetrias e o detalhamento das peças ajudam a desconstruir a simplicidade que geralmente é associada à estética minimalista, criando roupas modernas e atemporais.
O segundo dia da São Paulo Fashion Week foi marcado pelas cores e modelagens criativas. E isso ainda é só uma amostra de todo o potencial que vamos acompanhar ao longo da semana, que contará com grandes nomes da moda nacional e que prometem muitas novidades fashion para nós. Ansiosas?
Beijos, Lalá.